domingo, 19 de abril de 2009

Noite dos vampiros




Sentados no beiral
não da janela mas da sarjeta
equidistantes entre céu e pensamento
sonhando que o amanhecer vicinal
que queima todas as letras
não estrague este momento...



Pois já diz a velha lenda
sobre vampiros e sol
sobre morcegos e luz



Eu não vou embora
sei que ja foi dada a hora
sei que já foi dito o nada
já foi omitido o tudo
se avizinha o nascimento...



Pois já diz a velha história,
Athos, Porthos e Aramis,
a Pórcia de Shakespeare



Num instante somos um
ou somos varios
os cavaleiros templários
num revoar de anuns



Pois ja diz o trovador
não se pode explicar
o eterno desviar
de uma historia de amor



Segue a literatura
na contra-mão da figura
que nesta mão configura, e segura



O texto da sua vida
Onde cada qual escreve
não mais que a caricatura...

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