quarta-feira, 15 de abril de 2009

Fumaça



Vou fumando o cigarro da saudade
e a fumaça escrevendo o nome dele.
Passando em revista os desacertos
Minha culpa e o pensamento nele

Vejo as voltas que passam no relógio
Tanto tempo passando e eu sem ele
Já não sei qual a letra do meu nome
na fumaça eu escrevo o nome dele

E o vento que passa na janela
Espalhou a fumaça das palavras
Espalhou a revista dos meus erros
Meus pensamentos, meus cabelos
Foi-se tudo embora menos ele

Já não sei quem sou eu essa quimera
Me perdi entre os ramos desta era
Me perdi naqueles olhos de fera
Que plantaram o abismo que há em mim


Já não sei se isso é flor
No meu jardim
Meu cigarro a fumaça dos teus olhos
Tu deixaste esse meu mundo ás avessas
Te pergunto que solidão é essa?


2 comentários:

  1. INFLUÊNCIA DE CABRAL? DOS TRÊS MAL AMADOS, DA FALA DE JOAQUIM?
    "O AMOR CARREGOU MEUS CABELOS."
    É MINHA CARA, CABRAL TAMBÉM AMOU. NÃO ESPALHA, MAS O POETA DA CARA E VERSO DE PEDRA AMOU.
    BOAS INFLUÊNCIAS SOBRE BOAS CABEÇAS GERAM BONS POEMAS.
    TE AMO.

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  2. Adorei, Yara!
    Essa é a poesia feminina. Poesia que só uma verdadeira mulher sente, faz e expõe.
    Surge uma corrente que acha piegas, melosa, seja lá o que for.
    Eu gosto e achei lindo o seu dizer. Saudade, perda, o homem amado... enfim está tudo aí numa poesia GRANDE de u'a mulher.

    Parabéns!

    Beijos

    Mirse

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