segunda-feira, 11 de maio de 2009

SILENCIO!!


As vezes é preciso olhar

para trás

Quando o leão

já não caça

o cordeiro


Ele tem que pensar

ele tem que comer

mas o que?



Quando o sangue amarga na boca

quando se olha nos olhos

dentro da vitima

e dentro de si


Quando é possivel

se ver

nos reflexos

mais inesperados



Existe um instante

onde tudo se confunde

como num giro
não há como saber

de onde vinha

ou aonde ia



Em certos momentos

a unica alternativa

é um recomeço


Um leão que não caça

não pode ser

O rei do bando

nem da mata.


Um ser

de dentes e garras

tem seu instinto

lascivo


Tem olhos astutos

de um predador

espalhando poder


Mas se o leão

quer ser gato

lepido e perspicaz

ou mais


Se ignora a vaidade

e brinca com a preza



Pode ser diferente

assutador

Mas ninguém pode impedir

um trovão num dia de chuva



E neste dia
a fera das feras

se arrastou num furacão

de mansidão e alma nua.

2 comentários:

  1. Belíssimo!
    O silêncio, a razão de saciar a fome, o olhar nos olhos da vítima ou preza, ninguem pode impedir.
    È essa a natureza do leão, que muito se assemelha à dos seres humanos, atualmente.

    Construção e lirismo de uma beleza incrível!

    Parabéns, Yara!

    Beijos

    Mirse

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  2. YARETE, VOCÊ É D+, COMO QUEREM OS DO MSN. AMEI TEU POEMA LINDO.
    MAS...
    A FOTO DO LEÃO ME CHAMOU ATENÇÃO, CLARO. TENHO PREDILEÇÃO PELOS FELINOS E JÁ O DISSE EM UMA POSTAGEM DE TEOR CIENTÍFICO INDISCUTÍVEL, QUE VOCÊ REFUTOU COM ARGUMENTOS MERAMENTE BIOLÓGICOS, COM BOBAGENS COMO CADEIA ALIMENTAR, ESSAS COISAS DE O SER HUMANNO PRECISAR DE OXIGÊNIO.
    YARETE, TU ME SURPREENDE?
    NÃO, CLARO QUE NÃO. ESPERO MUITO DE VOCÊ. E ME TENS DADO DEMONSTRAÇÕES DE AFETO QUE ME SÃO CARAS, E POMAS QUE SÃO BONS.
    PARABÉNS. E SE CAIR O NÍVEL,SE FICAREM RUINS OS POEMAS, PELO MENOS SE EU ACHAR ISSO, TE DIREI. NÃO FOI O CASO.

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