quinta-feira, 11 de junho de 2009

>> Mãe <<




És o toque que aplaca os males
o carinho que preenche e cura
Me vejo em teu reflexo
espelho dos meus versos

Quisera eu compreender tua fortaleza
ter a força de mil mundos
Para sustentar-te a queda
Ouvidos encantados
para interpretar os silvos
do teu coração.


Não te posso dar a paz que almejas
nem o mais distante vulto
dos teus belos sonhos
que são justos.

Tu que és o fim dos tormentos
e o refugio dos medos
onde se dissipa
toda a paúra de ser
despencar de um abismo [sem fim]

Me ensina a ser caminho, seta, destino
já que tens a origem de tudo
faz do meu amor um meio [mundo]
que ele seja o teu alento
nas noites que não chovem...


Eu sei de mim, infimo grão de mostarda
que cuidadosamente semeaste
sem haste nem tronco, pequenina
que não tem mais que si para oferecer

Posso ser pouco, muito ou nada
mas faz do meu amor tua morada
aceita meu abrigo
tão minusculo

Que te entrego até a ultima fibra
do meu ultimo musculo [cardíaco]
para que te sustente
retese, contraia, expanda

Te ofereço até a ultima célula
do meu amor eterno e etereo
[que já é seu]

Descobri, que por você eu posso tudo
na fenda do mundo, eu posso voar
pois plantado em teu ventre
esse grão de mostarda
tem asas...


2 comentários:

  1. Yara, que lindo esse poema!

    Me fez chorar e me senti pequena, como se a semente fosse eu.

    A Mãe, a quem te referes, deve estar honrada e feliz por ter-te como poeta!

    Parabéns!

    Beijos, querida!

    Mirse

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  2. UM POEMA BONITO E PARECIDO COM TUA MÃE.
    UM POEMA SENTIMENTAL E BEM ESCRITO, PARECIDO COM VOCÊ.
    TE AMO.

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