quinta-feira, 30 de julho de 2009

Estrela


Tenho saudades do que eu não tive

e é tempo que escorre pelos dedos

quero a lembrança do brilho incontido

que o dia conteve no despertar


Busco a sensação estelar

estrela cadente.. incandescente

livre

em trajetoria errante

espacial



Caminhante sem rumo

do universo

guiada pela atração-repulsão

da gravidade das coisas



Com luz própria

em fulgor consumido

de partes de si

em impulso de fuga



Astro do espetaculo

janelas abertas na noite escura

estou no foco dos olhares

nos instantes



Mas o reino dos espaços

vazios

é meu refugio

abandono


balanço da cauda...mais um pouco de mim

que se vai

sacrificio pra manter

um destino


Viagens sem fim

me consumindo

buscando um final [indistinto]


Poeira de estrelas...

Sabor de mil vidas...

Redenção!



domingo, 26 de julho de 2009

Banalidades


Banho quente... numa noite fria
toalha fofa
cama repleta de cobertores
lembrando um abraço doce...
matéria-prima perfeita
para lindos sonhos....

Nascer do sol ... no silêncio
leite quente ...com chocolate!!!
Carinho de mãe
gorjeio de pássaros... livres
sorriso de criança...
meus cachorros brincando
palavras amigas ...
flor desabrochando em rima
vento no rosto
arco-iris

são só banalidades...
Mas estou feliz....

CoMfusão


Sete cartas de baralho estranho
contrastando com as sete petalas
de uma flor... perdida sobre a mesa
de um cenário ímpar

Cada pétala de uma historia
reunidas ante a Távula redonda
tão disconexa e angular
quanto um arco-íris se dobrando
sobre uma oitava cor...


Psicologia ou matematica
escrevendo no quadrado da alma
o cudo das mil vidas
tantas facetas, tantas visões...

Da janela do carro tudo se move
e estou parada
mas não permaneço no mesmo lugar...

Da janela de casa tento ver
o carro de que passa...depressa
e enxergo em relance... meu rosto

Sim,Dois corpos não ocupam o mesmo lugar
[paradoxo]
mas me vejo em duas cenas
sem espelho...

Só que existem dois de todos nós
um comum [outro surpreendente]
na alma latente no corpo lascivo
um pequeno silvo do desconhecido

Despetalando a flor silenciosa
derramaram-se todas as historias
esperando o julgamento

único


...das duas partes das sete petalas
num vendaval aritmetico
métrico, médico e medíocre
que nunca verá as cores do arco-iris

ao menos a oitava cor
secreta dos olhos dos passantes comuns
velada das mentes do pensantes comuns
Insólita

Extraordinária como cada história
disconexa
que sente que tem razão
e contra toda lei da cinética
quer ganhar ares de perfeita.

Confusa como toda criatura
que se vê grande como sol
mas num deslize simples
compreende que a natureza
inventou eclipses.


Distinta com um réu rei
julgado,preso e condenado
pelo crime mais comum;

Perdida e em confissão
da imensa confusão sem nome
que é se fundir a um planeta
Lunático.