quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Idiossincrasia


O globo do meu olho é o mundo

de uma íris castanha de terra

e não azul de mar

fincando os pés no chão


Ouço histórias de ritos e credos

passos secos

pés descalços

mãos que abarcam

cinco filhos e um cachorro

é sertão!!


Ouço a chuva distante

mato verde... mas rude

travessia em cavalos

no açude, é agreste!!


Ouço o vento que bate

na madeira derrubada

e a despedida dos troncos

hoje canaviais

isso é zona da mata rapaz!!



E o ar condicionado, no ultimo andar

do edificio que bloqueia o vento

com mesas de mil troncos

e pouca chuva...
isso é capital e capitular....



São só meus cones

e bastonetes

infimas particulas da minha visão

são PONTOS de vista


Passando em revista

resumindo a prosopopéia

isso é a terra que não nasci


Louvando a conquista

temendo as arestas

arremato em meu ponto

exato do globo


Isso é o extrato

de cabra da peste

com homem high tech

Nordeste, Brasil!

2 comentários:

  1. PERNAMBUCO É NOSSO. ELAINE MORRE DE INVEJA DE NÓS, QUE SOMOS CARIOCAS DE NASCENÇA, MAS PERNAMBUCANOS DE ALMA. ELA NÃO ESCOLHEU PERNAMBUCO, É SÓ UMA PERNAMBUCANA. NÓS NÃO. YARETE, SOMOS SUPERPERNAMBUCANOS, SUPERNORDESTINOS, SUPERCARIOCAS, SOMOS SUPER.

    TE AMO!

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  2. Mais um belíssimo poema!

    Yara, estava sem blog, sem Pc e sem saúde.

    Agora estou com tudo melhor e chego aqui e me deparo com dois poemas que me divide. Não sei qual o mais belo!

    Destaquei desse último o sumo:

    São só meus cones


    e bastonetes


    infimas particulas da minha visão


    são PONTOS de vista




    Passando em revista


    resumindo a prosopopéia


    isso é a terra que não nasci

    Destaquei pois foi aí que nasci, e que vontade tenho de viver, ou pelo menos conecer a minha terra, o meu chão.

    Agradeço esse poema!

    Beijos, amiga!

    Parabéns!

    Mirse

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