Pedra de mármore raro
é aquela que atravanca
o meu caminho
perdoada por bela
incomum
entre o ocaso de todos os fatos
que se repetem inuteis
nos meus dias.
Pedra extraida do seio da terra
já não entendo
qual mal possa haver...
Te olho de lado
me sento em teu colo
não te esculpo nem te escalo
Tenho a sede do caminhante
antigo
de olhos fartos, cansados
dos mesmos trilhos
nos mesmos passos
Pedra dura que afaga
na entre-vida de objeto inanimado
bem viera tu, a quebrar meu marasmo.
Moldada sob a pressão da terra
te cabes nos cantos, te assentas inerte
com um peso sob os ombros
bem maior que o meu.
Gema de partida e chegada
revestimento da casa
que me abrigou
Gema de ovo e raiva
atada, ao destino
no meio de nada
que me arrebatou.
Maravilhoso!!!!!
ResponderExcluir"Tenho a sede do caminhante
antigo
de olhos fartos, cansados
dos mesmos trilhos
nos mesmos passos"
Poeta!
És grande nesta caminhada!
Beijos
Mirse
''entre o ocaso de todos os fatos que se repetem inuteis nos meus dias''
ResponderExcluir-muito belo, poucas palavras tem poder imenso em suas interpretações!! Invitável e inusitável, (risos). Besos linda!
Acho o seu blogue bonito.
ResponderExcluirEssa ponta de mistério é fascinante.
Tem muito a ver comigo...
Boa noite