Poema sem palavras
como querendo explicar
mil pessoas num só ser
que é como a magia
de poder estar
em mais de um lugar
ao mesmo tempo
Dom Quixote que gira
ás pás do seu cata-vento
e é esse moinho
que me faz voar
Para uma historia de amor
de pai pra filho
no inverso do evangelho
onde a lógica paternal
oferece a vida
presenteando o descendente
De um amor não de morte [mas de vida]
vivendo em plenitude
só por amar
nos gestos e combates
dos demônios físicos e emocionais.
Gerando força inabalável
de prosa com som de verso
e passos de letras de canção
Um irmão, onde a sequência
[do DNA] não faz par
mas ninguém olha, por ignorar
sequências e sinapses e sair ao sol
sob a influencia da Lua salvadora.
Este quebra-cabeças de emoções
num paradoxo extremista
consciente e firme
porém mutável...
De um devoto de Shakespeare,
futebol e um certo Filho
de um outro Pai...
Mestre das letras e das palavras
ausente das cadeiras das academias
exceto uma
E como um todo, exceção
Na cadeira mais nobre
recosta-se sem ver
Um ser [de mil elementos ]
como imortal
além do saber
ser etéreo pelo sentimento....
terça-feira, 23 de junho de 2009
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Incostancia
Parece facil controlar o tempo
ou segurar o vento
na palma da mão
como um velho louco
dedilhando as notas de uma canção
num igualmente velho, oco tronco
dito violão
O mundo ri-se
da angustiante tentativa
de Atlas [o titã ]
em carregar nas costas
justa pena
além da humanidade
E vão se desfiando como contas
execuções das improbabilidades
escalar montanhas e ver a lua
no dia do diluvio...
Porque o auge da lei
é a vontade
sem freios, sem comando feito fera
sem medo, nem tamanho
nem medida
sem estar submissa ao que é real
renegando a noção do impossivel...
Tenho as contas de um rosario enigmatico
onde a minha sanidade se perdeu
dissolvendo a logica matematica
e a ordem pratica dos meus caminhos
Os meus olhos fecharam no cansaço
minha mente se abriu incosciente
entre o fremito e o clamor
de não saber nem onde estou,
nem pra onde o vento me leva
Sei que voo
Acima de todas as expectativas
pairo sob o ar como pluma
já não me importando o caminho
ou descaminho para que me inclino
Basta que a brisa leve, me carregue
e eleve, sob o sol
que me aqueça sem limites
e me enlaçe [me adormeça]
sob a luz do amanhecer....
ou segurar o vento
na palma da mão
como um velho louco
dedilhando as notas de uma canção
num igualmente velho, oco tronco
dito violão
O mundo ri-se
da angustiante tentativa
de Atlas [o titã ]
em carregar nas costas
justa pena
além da humanidade
E vão se desfiando como contas
execuções das improbabilidades
escalar montanhas e ver a lua
no dia do diluvio...
Porque o auge da lei
é a vontade
sem freios, sem comando feito fera
sem medo, nem tamanho
nem medida
sem estar submissa ao que é real
renegando a noção do impossivel...
Tenho as contas de um rosario enigmatico
onde a minha sanidade se perdeu
dissolvendo a logica matematica
e a ordem pratica dos meus caminhos
Os meus olhos fecharam no cansaço
minha mente se abriu incosciente
entre o fremito e o clamor
de não saber nem onde estou,
nem pra onde o vento me leva
Sei que voo
Acima de todas as expectativas
pairo sob o ar como pluma
já não me importando o caminho
ou descaminho para que me inclino
Basta que a brisa leve, me carregue
e eleve, sob o sol
que me aqueça sem limites
e me enlaçe [me adormeça]
sob a luz do amanhecer....
quinta-feira, 11 de junho de 2009
>> Mãe <<
És o toque que aplaca os males
o carinho que preenche e cura
Me vejo em teu reflexo
espelho dos meus versos
Quisera eu compreender tua fortaleza
ter a força de mil mundos
Para sustentar-te a queda
Ouvidos encantados
para interpretar os silvos
do teu coração.
Não te posso dar a paz que almejas
nem o mais distante vulto
dos teus belos sonhos
que são justos.
Tu que és o fim dos tormentos
e o refugio dos medos
onde se dissipa
toda a paúra de ser
despencar de um abismo [sem fim]
Me ensina a ser caminho, seta, destino
já que tens a origem de tudo
faz do meu amor um meio [mundo]
que ele seja o teu alento
nas noites que não chovem...
Eu sei de mim, infimo grão de mostarda
que cuidadosamente semeaste
sem haste nem tronco, pequenina
que não tem mais que si para oferecer
Posso ser pouco, muito ou nada
mas faz do meu amor tua morada
aceita meu abrigo
tão minusculo
Que te entrego até a ultima fibra
do meu ultimo musculo [cardíaco]
para que te sustente
retese, contraia, expanda
Te ofereço até a ultima célula
do meu amor eterno e etereo
[que já é seu]
Descobri, que por você eu posso tudo
na fenda do mundo, eu posso voar
pois plantado em teu ventre
esse grão de mostarda
tem asas...
o carinho que preenche e cura
Me vejo em teu reflexo
espelho dos meus versos
Quisera eu compreender tua fortaleza
ter a força de mil mundos
Para sustentar-te a queda
Ouvidos encantados
para interpretar os silvos
do teu coração.
Não te posso dar a paz que almejas
nem o mais distante vulto
dos teus belos sonhos
que são justos.
Tu que és o fim dos tormentos
e o refugio dos medos
onde se dissipa
toda a paúra de ser
despencar de um abismo [sem fim]
Me ensina a ser caminho, seta, destino
já que tens a origem de tudo
faz do meu amor um meio [mundo]
que ele seja o teu alento
nas noites que não chovem...
Eu sei de mim, infimo grão de mostarda
que cuidadosamente semeaste
sem haste nem tronco, pequenina
que não tem mais que si para oferecer
Posso ser pouco, muito ou nada
mas faz do meu amor tua morada
aceita meu abrigo
tão minusculo
Que te entrego até a ultima fibra
do meu ultimo musculo [cardíaco]
para que te sustente
retese, contraia, expanda
Te ofereço até a ultima célula
do meu amor eterno e etereo
[que já é seu]
Descobri, que por você eu posso tudo
na fenda do mundo, eu posso voar
pois plantado em teu ventre
esse grão de mostarda
tem asas...
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Tempo
Os segundos vão passando
com ganas de transformação
Nenhum dos dias pode ser igual
Não há um mero instante imortal
tudo se esvai
Tudo se prende e se afivela
nos ocultos cadafalsos do pensamento
que não nos poupam
sequer dos dias de chuva
dos olhos
Nesse relogio que gira,
a mecânica ignora
tantas revoltas, ou alegrias
nas reviravoltas que a vida dá
Num retrospecto, como de filme
pelicula antiga e rebobinada
acelerada, sem pausa
nem som, nem parada
Figura insone... num cinema mudo
que assiste a historia de sua vida
e enquanto dramatiza
o tempo segue a sua sucessão
Num passo temporal (onde o relógio)
percorre o espaço
de meia-vida
de elemento quimico
desgastado, consumido
pelo meio e pelas pontas
do ponteiro.
Agora grita, o despertador
em plena escuridão ( de meia madrugada)
começa o trabalho pra nascer (o sol)
que não vai esperar
E o tic-tac é como o poema
escrito a caneta ( assinado)
e entregue
ao seu destinatário...
Não se corrige, não se emeda
não se completa... nem nega autoria
Mas o sentido, qual folha ao vento
se entrega às mãos
de quem interpreta....
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